Casamento

Espaço Urbanos - Contagem/MG

Carnamento no Urbanos foi o casamento da Carol e Bruno

“Qual o oposto de casamento? 

Alguns diriam carnaval. Eu acho bem parecidos. Os dois são rituais e de passagem. Encerram um ciclo com festa, alegria, com boa energia. Não é isso que diz o menu? Aprecie! 

A Carol e o Bruno tinham muitos amigos em comum, mas nenhum foi o cupido. Foram unidos pela maior festa do mundo. Também a mais antiga. Não é de hoje, não é de agora, mas não se repete a cada dia. É sempre diferente. 

Eu ainda não sei se falo do carnaval ou da revolução que o amor faz na gente. A Carol chorava de tristeza em plena avenida, veio o Bruno com seu violão de brinquedo, sua folia. Não chora, menina. Uma serenata de mentira arrancou um sorriso dela e ele seguiu. 

Sem beijo, sem adeus. Dois anos depois se viram no aniversário de uma amiga e Carol concluiu: o moço do carnaval era desaforado, confessou que fez serenata para metade de Diamantina. Não valia um centavo. 

O moço do carnaval, não devia, mas tinha um beijo apaixonado. Ninguém botava fé. Nem a conexão da Tim e da Claro. Bruno mandou sms e não chegou, ligou e caiu na caixa postal. 

Quase que em samba tudo acabou. E acabou mesmo. Carol e Bruno sambaram juntos e já são onze os carnavais desse amor. Feito máscara de Veneza. Feito grito que anuncia: somos essa mistura. 

O carnaval vai muito além do circuito Barra-Ondina, é o que acontece no antes, no depois, no camarim. Mora aí a alegria. Ter alguém que vai contigo na multidão, no trio elétrico, no cair das máscaras. 

É ou não é o amor a nossa melhor fantasia? “ .

Texto @contodevista